Natural de Leiria, viveu na Alemanha entre 1976-1984, deu aulas de português, foi intérprete e dedicou-se ainda à pintura. Viajou pela Índia, Nepal e Tibete, nos dois anos seguintes, estudando budismo. Entre 1986-1987 viajou pela América do Sul, no regresso a Portugal fez trabalhos de tradução, escreveu para revistas e jornais, voltou a pintar, expôs e foi diretor artístico de uma galeria em Leiria. Entrou para o seminário em 1991, foi ordenado em 1998 e partiu no mesmo ano para o Japão como missionário. Fez estudos em Roma, concluindo doutoramento na Pontifícia Universidade Gregoriana em 2008. Foi eleito superior da Sociedade Missionária da Boa Nova em 2014 e sucessivamente reconduzido no lugar.

Foi profissional da rádio e declamadora, reconhecida voz do Rádio Clube de Moçambique, faleceu em Bruxelas onde terá fixado residência.

Oficial da Marinha, era tio por afinidade de Mário-Henrique Leiria e seu testamenteiro. Após a morte do artista em 1980, ele e sua esposa Célia Rocha Baptista Araújo inventariaram todo o acervo e doaram o seu espólio literário, de acordo com a vontade do sobrinho, à Associação Portuguesa de Escritores que o entregou à Biblioteca Nacional. Alguma da sua correspondência foi devolvida aos remetentes, como sucedeu com Cruzeiro Seixas e Mário Cesariny.

Irmã de Hilda Rocha Baptista Leiria, mãe de Mário Henrique Baptista Leiria, foi por morte deste sua herdeira universal. Organizou juntamente com seu marido, Vice-Almirante Eugénio de Sequeira Araújo, o espólio do sobrinho, doando, segundo a sua vontade, a parte literária à Associação Portuguesa de Escritores e devolvendo alguma da correspondência recebida aos respetivos autores.

Natural da Sertã, foi pastor e empregado de mesa. Descobriu por acaso o fascínio por obras que viu em Nova Iorque (na Ópera e no Metropolitan Museum) e igualmente por casualidade começou a carreira artística, quando um funcionário da Biblioteca Nacional mostrou desenhos seus a Mário Cesariny. Por este incentivado a 'cultivar as suas próprias formas', obteve uma bolsa da Fundação C. Gulbenkian que lhe permitiu viajar até Paris, embora nunca tenha frequentado a Escola de Belas Artes. Desde então experimentou as diversas formas de expressão, desenho, pintura e escultura, passando do surrealismo à arte bruta.

Com interesse pelas artes, fez carreira como bancário. Enquanto diretor comercial de uma das empresas do Grupo Caixa, submeteu ao Presidente do Conselho de Administração propostas de aquisição de obras (de pintura, desenho, escultura, tapeçaria e azulejo e também obras gráficas, gravuras, serigrafias, litografias) que formaram o acervo da Caixa Geral de Depósitos, pelo qual foi responsável. Este foi pela primeira vez exposto ao público em 1989. Mantém após a sua aposentação ligação à Igreja, iniciada ainda na juventude.