O "Diário do Alentejo", hoje um semanário democrático e defensor dos interesses regionais, foi lançado em Beja em 1 de junho de 1932 durante o período da ditadura do Estado Novo.
Este jornal, fundado por Carlos Marques e Manuel António Engana, representava uma voz regionalista num contexto nacional e internacional marcado por turbulências políticas e económicas.
O "Diário do Alentejo" era propriedade da empresa Carlos Marques e C.ª L.ª e apresentava uma linha editorial que refletia os interesses e as aspirações da região alentejana.
Publicado inicialmente na Minerva Comercial, em Beja, o jornal era distribuído pela própria empresa, com assinaturas mensais a custar 7$50 em 1937.
Com quatro páginas em geral, o jornal abordava uma variedade de tópicos, desde pequenos comentários e notícias locais e internacionais até desporto e publicidade.
Após a morte dos fundadores, o jornal continuou sua publicação sob a liderança de Manuel de Melo Garrido, mantendo sua posição como uma voz independente e regionalista. Classificado como "anti-situacionista" pelo Secretariado da Propaganda Nacional, o jornal refletia as convicções democráticas de seus fundadores e colaboradores que tinham raízes no republicanismo e na oposição ao regime ditatorial.
Destaca-se também a contribuição de Julião Quintinha, um colaborador importante do jornal, que desempenhou um papel significativo na oposição antifascista. Sua participação, juntamente com a de outros membros da equipa, ajudou a solidificar a posição do "Diário do Alentejo" como um defensor dos valores democráticos e dos interesses regionais