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- 1928-01-18-
Jornal semanário regionalista de inspiração cristã. Propriedade da Diocese de Beja.
Jornal semanário regionalista de inspiração cristã. Propriedade da Diocese de Beja.
O “Notícias do Sul”, semanário regionalista, foi publicado, conforme mencionado no cabeçalho do jornal - ao ANO I, nº1, em 5 de outubro de 1976 e seu último número, 237, datado de 30 de julho de 1981.
A direção deste periódico esteve a cargo de Antunes da Silva, enquanto a sua propriedade pertencia a Silva Godinho. A redação e a administração (provisória) situavam-se no Largo Severim de Faria, nº7.
O Notícias da Covilhã, fundado em janeiro de 1913 sob o nome "A Democracia", é a mais antiga publicação do Distrito de Castelo Branco, embora só tenha adotado o nome atual em 1919. A tipografia onde era impresso foi relançada em 1919 com o nome de Notícias da Covilhã, sob a direção do cónego Manuel Anaquim. Em 1922, adquiriu maquinaria própria e deu origem à "Tipografia Notícias da Covilhã". Ao longo de mais de nove décadas, teve 15 diretores, destacando-se nomes como António Catalão, Manuel Anaquim, José Almeida Eusébio, padre José de Andrade, António Mendes Fernandes, José de Almeida Geraldes e Fernando Brito. O jornal, com mais de 100 anos de existência, acompanhou a história da cidade, especialmente o apogeu e declínio da indústria têxtil, sendo seu arquivo digital um recurso valioso para historiadores, professores e alunos da região. O Notícias da Covilhã é Propriedade da Diocese da Guarda.
O Jornal “O Algarve” foi fundado em 29 de março de 1908. Surgiu com a intenção de expressar o desalento da região em relação à política e às lutas partidárias, que eram vistas como prejudiciais ao país e fortaleciam os republicanos. O Jornal buscava defender os interesses e aspirações do Algarve contra o abandono por parte do governo central, enquanto combatia os privilégios, a corrupção e o caciquismo.
Nos primeiros anos da República, o jornal posicionou-se como órgão republicano, porem, posteriormente, adotou uma postura independente, distanciando-se dos partidos políticos e criticando as manobras políticas. Apresentava uma qualidade gráfica razoável e contava com oficinas próprias que se tornaram uma escola de artes gráficas ao longo dos anos.
A partir de 1982 destaca-se o esforço editorial do jornal com a publicação de uma série de estudos histórico-culturais que se tornaram importantes na bibliografia algarvia.
O jornal teve diversas mudanças de endereço e proprietários ao longo do tempo, assim como alterações no formato e cor do cabeçalho. Foi composto e impresso inicialmente em Faro, posteriormente mudando-se para Torres Vedras
O jornal algarvio “Correio do Sul” foi fundado em 1 de fevereiro de 1920 e encerrou definitivamente as suas atividades com o número 3095, em 24 de dezembro de 1981, devido à idade avançada do seu diretor, Dr. Mário Lyster Franco. Inicialmente, tinha uma periocidade semanal, publicado aos domingos, mas chegou a ser bissemanal por um período. Teve uma fase como diário em 1945, mas voltou a ser semanário em 1946.
Inicialmente republicano e afiliado ao Partido Democrático, o jornal passou por mudanças políticas ao longo dos anos, tornando-se nacionalista em 1946, sob a direção de Mário Lyster Franco. Apesar disso, manteve-se fiel aos interesses regionais do Algarve, acolhendo colaboradores de diversas áreas e correntes do pensamento.
O “Correio do Sul” sempre teve uma postura independente em relação à ideologia dominante, embora compartilhasse dela. Sob a liderança de Mário Lyster Franco, destacou-se pela sua qualidade gráfica e pela diversidade e qualidade de seus colaboradores, tornando-se uma referência na imprensa regional algarvia. O jornal nunca se submeteu totalmente ao regime salazarista, mantendo sua própria voz e respeitando a diversidade de opiniões. Mário Lyster Franco, considerado o maior intelectual algarvio do século XX, foi também um ferrenho defensor dos interesse da região, deixando um legado significativo tanto na imprensa quanto na cultura local.
"A Tarde" foi um jornal lançado em 1 de outubro de 1979, sucedendo ao Jornal Novo. Na sua primeira Nota do Dia, o jornal definiu-se como um periódico comprometido com a construção da democracia política, económica, social e cultural de Portugal. Passou por mudanças editoriais e de liderança, modificando o seu grafismo em 1980 que permaneceu até ao fim da primeira série do jornal, em 7 de maio de 1982. Em seguida, anunciou-se uma suspensão temporária para reestruturação, retornando em 17 de maio de 1982 com uma segunda série e com Vítor Cunha Rego como diretor. O jornal passou a ter 35 páginas (excluindo suplementos), com 5 colunas (posteriormente 6). Vítor Cunha Rego deixou a direção em fevereiro de 1983, sendo sucedido por José Manuel Morais Cabral e depois por Margarida Borges de Carvalho. Em junho de 1983, a propriedade passou para a AFINCO, e o formato mudou, reduzindo para 24 páginas (excluindo suplementos), com 5 colunas. O jornal encerrou suas atividades em 31 de dezembro de 1985.
"A Tribuna" foi um jornal lançado em 5 de dezembro de 1979, com 24 páginas em 7 colunas. À época o seu diretor, Manuel Figueira, explicou no artigo de fundo do primeiro número que o jornal visava represtigiar a informação e a linguagem jornalística, buscando uma coesão nacional e contribuindo para uma efetiva harmonia da sociedade portuguesa. O Estatuto Editorial do jornal também destacava esses objetivos.
"A Tribuna" deixou de ser publicada aos domingos em 23 de março de 1980 e o último número foi editado, em 29 de maio de 1981.
Fundado em 1975, o primeiro número de "O Jornal" foi lançado em 2 de maio daquele ano, impulsionado pela Projornal, a empresa editora do título, a qual era propriedade de todos os profissionais de comunicação social que ali trabalhavam, denominados societários.
Entre os seus fundadores destacam-se os jornalistas Cáceres Monteiro, Manuel Beça Múrias, Francisco Sarsfield Cabral, José Silva Pinto, José Carlos Vasconcelos, Fernando Assis Pacheco, e Joaquim Letria, o primeiro director.
Reconhecido por sua gestão jornalística, destacava-se como um projeto independente de esquerda, não comunista, assumindo-se como um contraponto à tendência dominante do Movimento das Forças Armadas.
Destacaram-se nas páginas do semanário "O Jornal" figuras relevantes da cultura e política portuguesa como Miguel Esteves Cardoso, Inês Pedrosa, Adelino Amaro da Costa, Eduardo Lourenço, Hélia Correia e Filomena Mónica.
O desgaste do modelo de gestão desde os finais dos anos 80 levou a entrada da empresa Edipresse que tomou a decisão, nos inícios da década de 90, de encerrar “O Jornal” dando lugar à revista “A Visão”.
O Açoriano Oriental foi fundado em Ponta Delgada em 18 de abril de 1835, por Manuel António de Vasconcelos, tornando-se o jornal mais antigo de Portugal e um dos mais antigos da Europa.
O jornal refletia os ideais liberais e políticos do seu fundador, tornando-se um veículo para debates e combates políticos, bem como para dar voz às principais questões e reivindicações da região e do seu povo. Ao longo dos mais de 175 anos de existência, o jornal enfrentou várias adversidades, mas sempre sobreviveu, destacando-se o papel de Manuel Ferreira de Almeida, que o manteve em publicação durante trinta anos. Em 1979, o jornal tornou-se diário e, em novembro de 1996, foi integrado na empresa Açormedia, é impresso na COINGRA - Companhia Industrial Gráfica dos Açores, Lda.
Mantém uma linha editorial de liberdade, rigor e isenção política e económica. Esta abordagem concedeu-lhe uma posição prestigiosa como um jornal de referência e líder da imprensa diária açoriana. Em reconhecimento da sua longa história e contribuição, o "Açoriano Oriental" recebeu o título de Membro Honorário da Ordem do Infante D. Henrique em 1989.