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Produtores e Colecionadores

Mosteiro de São José de Évora

  • PT/MSJE
  • Pessoa coletiva
  • 1679-1886

O convento de São José de Évora era da comunidade cenobita das Irmãs Religiosas de Santa Teresa D’ Ávila ou de Jesus da Ordem Carmelita Descalça (O.C.D.). Além da designação de São José de Évora também é conhecido por convento de São José da Esperança e por convento Novo. Fundado em 1679, a documentação ainda existente pertencente ao fundo deste convento permite, tal como a que foi produzida por outras instituições congéneres, desenvolver diversos estudos. Apenas a título de exemplo destaca-se que através dos livros de receitas e despesas do convento observamos a descrição de todos os gastos da comunidade religiosa, que vão desde os gastos domésticos ao pagamento de foros; nos livros de Tombo das Fazendas temos acesso a várias informações relevantes para a história económica como o tipo de contratos de aforamento, os nomes dos foreiros, sua naturalidade e estado civil, o valor dos foros e a época de liquidação dos mesmos; pelos livros de Tombo das Casas sabemos a localização das mesmas, os nomes dos foreiros, as quantias a pagar e a época de liquidação dos foros ou rendas. Já no período liberal, com as Instruções do Ministério da Justiça de 20 de Julho de 1857, os conventos femininos eram obrigados a elaborar inventários dos bens móveis e imóveis que possuíam bem como a proceder à avaliação dos mesmos, incluindo a do edifício onde a comunidade religiosa estava instalada. Assim, no final da pesquisa desenvolvida no fundo de São José foi encontrado o Inventário das várias peças de mobiliário, objectos de uso profano e religioso então existentes na casa, com a indicação do encaminhamento dado aos mesmos, bem como inventários detalhados das propriedades e casas e dos seus rendimentos, assim como a inventariação dos nomes de quem tinha empréstimos a juro. Em conformidade com a Carta de Lei de 4 de Abril de 1861, tudo o que pertencia aos conventos, no dia da sua extinção - no caso dos conventos femininos pela morte da última religiosa - passava automaticamente para posse da Fazenda Nacional. Desta forma, a vida religiosa do Convento de São José terminou em 1886 com a morte da última religiosa professa, a 19 de Outubro desse ano. Pela importância deste fundo para a história do Convento de São José, para a história da cidade de Évora e para a história religiosa do país e da Ordem Carmelita Descalça, fica aqui ainda o apelo a um desenvolvimento futuro de um projecto de organização, inventariação, conservação e salvaguarda deste património cultural móvel que é de Todos nós.

Mosteiro de São Marcos de Coimbra

  • PT/MSMCB
  • Pessoa coletiva
  • 1451-1834

Fundado em 1451, no lugar da ermida de S. Marcos (Coimbra),teve na sua origem uma capela instituída por testamento de João Gomes da Silva, em 1441, que D. Beatriz de Meneses, viúva de Aires Gomes da Silva, filho do instituidor, confiaria aos Jerónimos, juntamente com o lugar de S. Marcos, em 1451. Com base nos bens doados, as obras do futuro mosteiro iniciar-se-iam logo em 1453, sob direcção de mestre Gil de Sousa. Na sua edificação, participariam outros conceituados artistas, como Diogo de Castilho, Nicolau Chanterene e João de Ruão, com sucessivas campanhas de obras que se estenderiam até ao século XVIII. Extinto em 1834, o complexo conventual seria alvo de um violento incêndio em 1860, do qual pouco mais restou além da igreja e do dormitório.

Mosteiro de São Paulo da Serra de Ossa

  • PT/MAPSO
  • Pessoa coletiva
  • [século XV]-1834

Apesar das tradições recolhidas pela cronística da Ordem quefazem remontar as origens da vida eremítica na Serra de Ossa ao séc. XII, as primeiras notícias da presença de homens da pobre vida neste local remontam apenas a 1366, ano em que Gil Afonso, vassalo do infante D. Fernando e Maria Afonso, sua mulher, moradores em Estremoz, doam diversas casas e terras na Serra de Ossa a Mateus e seus companheiros pobres. Em 1374, o rei Fernando emite uma carta de protecção a João Fernandes e a todos os outros pobres residentes na Serra de Ossa, sendo este o responsável pela consolidação do eremitério, obtendo do concelhodo Redondo diversas terras em sesmaria, atraindo doações de particulares e diversas cartas de privilégio dos reis Fernando, João I e Duarte. O eremitério parece ter sofrido diversos melhoramentos e ampliações desde 1400, continuados durante o reinado de D. Duarte. Cerca de 1476,seriam alvo de uma tentativa de apropriação por parte dos Jerónimos, apoiada pelo bispo de Évora D. Garcia de Meneses, mas os eremitas conseguem fazer valer os seus direitos junto do monarca e da Santa Sé, recuperando o lugar em 1483. Sede da província instituída em 1482, manter-se-ia como tal após a aprovação definitiva da Ordem em 1578,abandonando apenas esse estatuto após a fundação do Convento de Lisboa. A igreja e as dependências conventuais sofreriam sucessivas campanhas de remodelação e ampliação em 1578 e ao longo da primeira metade do séc. XVII, patrocinadas pelos duques de Bragança, e, já na centúria seguinte, a igreja seria profundamente remodelada, levando à realização de uma novasagração, em 1798, com a presença o bispo de Beja, Frei Manuel do Cenáculo. Tal como as restantes casas da Ordem,seria extinta em 1834.

Mosteiro de São Paulo de Borba

  • PT/MSPB
  • Pessoa coletiva
  • 1407-1834

Mosteiro com origem em eremitério fundado em 1407 por Gonçalo Neto, em local chamado Cabeça do Bravo ou Montes Claros,no termo de Borba. Ligada desde o seu início à Serra de Ossa, a casa manter-se-ia na Ordem, sendo reconstruída em 1564 ou 1574. Extinta em 1834.

Mosteiro de São Paulo ou de Nossa Senhora do Socorro de Portel

  • PT/MSPPTL
  • Pessoa coletiva
  • 1405-1834

Mosteiro com origem em eremitério fundado no termo de Portel,em local chamado de Águas das Infantes, junto a uma ermida dedicada a S. Lourenço, que é objecto de uma doacção feita em 1405 a favor de Vasco, Lourenço e João de Torres, três homens da pobre vida. Sujeito, possivelmente desde a sua fundação, à casa da Serra de Ossa, integraria a irmandade estabelecida em torno desta em 1466. Em 1598, o duque de Bragança, Teodósio II, dá licença para a construção de um novo convento junto à ermida de S. Luís, no rossio da vila, para o qual a comunidade se transfere em 1607, recebendo o próprio duque o padroado da nova igreja conventual, dedicada a Nossa Senhora do Socorro. Extinto em 1834.

Mosteiro do Bom Jesus de Viana do Alentejo

  • PT/MBJVNT
  • Pessoa coletiva
  • 1548-1902

Mosteiro com origem em beatério fundado por D. Brites Dias Rodovalho junto à Rua do Poço Novo em 1548, autorizado por licença do arcebispo de Évora, o Cardeal Infante D. Henrique, a 1 de Fevereiro de 1550. Em 1553, depois de obter licença do prelado de Belém para a sua comunidade seguir o instituto dos Jerónimos, D. Beatriz solicitou a Roma autorização para a nova fundação. No mesmo ano se dariam as primeiras profissões monásticas e se iniciariam as obras do novo mosteiro,situado fora da vila, no Rossio, junto às hortas da Fonte Coberta, concluídas possivelmente ainda no século XVI. Único mosteiro de monjas jerónimas no território português, regia-se pelas Constituições de S. Jerónimo de Lupiana, na sujeição ao prelado eborense. Foi extinto em 1902, com a morte da última religiosa.

Mosteiro do Calvário de Évora

  • PT/MCEV
  • Pessoa coletiva
  • 1565-1889

O Mosteiro de Santa Helena do Monte Calvário, conhecido popularmente por Convento do Calvário, é fundado em 29 de Maio de1565, pela Infanta D. Maria, filha mais nova do Rei D. Manuel I. As freiras deste mosteiro vivem sempre em grande pobreza, nele se conservando ainda o célebre Sino da Fome, que as pobres freiras tocavam quando em momentos de grande penúria apelavam à caridade do povo eborense. Aqui vive enclausurada durante alguns anos, por ordem do Marquês de Pombal, D. Isabel Juliana de Sousa Coutinho, porque se recusara a casar com o filho do Marquês. Extinto a 7 de Setembro de1889, devido à morte da última freira, a abadessa Maria José.

Mosteiro do Salvador de Évora

  • PT/MSE
  • Pessoa coletiva
  • [antes de 1525]-1886

Mosteiro já existente em 1525 como recolhimento de terceiras regulares, fundado por D. Joana da Gama, filha primogénita de António da Gama, numas casas da sua família. Demolido o edifício chamado do "Salvador Velho", em 1558 (ou 1567?), por ordem do Cardeal D. Henrique com vista à erecção dos edifícios da Universidade, as religiosas, excepto duas (soror Leonor da Silveira e soror Constança Barrosa, que se recolhem ao convento de Santa Clara), vivem em casas particulares até à construçãode um novo edifício. Entretanto, morre a fundadora, que é substituída por D. Catarina de Aguiar. Esta, com o apoio da sobrinha,D. Maria de Aguiar, coadjuvada pelo padre jesuíta Luís Álvares e pelo arcebispo D. Teotónio de Bragança, também ele jesuíta, estabelece a comunidade, recebendo do arcebispo o palácio dos Camões, para onde se mudam em 1590. D.Teotónio obtém dopapa a bula para a sua fundação, passando a professar a regra de Urbano IV e manda vir do mosteiro de Santa Marta de Lisboaquatro religiosas para as instruir e organizar. Uma destas freiras será a primeira abadessa, Margarida de Santa Marta, que, maistarde, funda o mosteiro do Torrão. Dele saem as fundadoras do mosteiro da Castanheira. Em 1605, voltam a mudar de lugar e a nova igreja é dedicada em 1611. A extinção do cenóbio efectiva-se a 8 de Outubro de 1886, por morte da última religiosa.

Mosteiro do Salvador de Lisboa

  • PT/MSL
  • Pessoa coletiva
  • 1392-1884

Mosteiro fundado em 1392 por D. João de Azambuja, então bispo do Porto, que obteve licença apostólica, por bula de Bonifácio IX de 13 de Março de 1391, para transformar a igreja do Salvador num mosteiro de religiosas dominicanas e recebeu do rei João I, nesse mesmo ano, o padroado da respectiva igreja. O mesmo bispo elaboraria, em 1396, as Constituições que deveriam reger o cenóbio, integrado desde a fundação no âmbito da observância dominicana, com prescrição de estrita clausura e de sujeição aos Pregadores, segundo os Estatutos da Ordem e o costume ou modo de viver do mosteiro de S. Sisto de Roma. Duramente afectado pelo terramoto de 1755, o mosteiro manter-se-ia activo até 1884, ano em que, por morte da última religiosa, se procedeu à extinção da casa e à nacionalização dos respectivos bens.

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