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Produtores e Colecionadores

Mosteiro de Nossa Senhora de Aracoeli de Alcácer do Sal

  • PT/MNSAAS
  • Pessoa coletiva
  • 1573-1874

Mosteiro fundado em 1573, sob o patrocínio de Rui Salema, cavaleiro da casa real, e de D. Catarina, sua mulher, que obtêm do rei D. Sebastião a doação, para o efeito, na sua qualidade de Governador e Perpétuo Administrador da Ordem de Santiago, dos paços velhos, já arruinados, que a milícia detinha na dita vila. O monarca impunha como condição a manutenção da memória dos mestres da Ordem na actividade litúrgica das freiras, a reserva de uma vaga para uma filha de um cavaleiro da Ordem e o regresso à milícia da casa em caso de necessidade imperiosa de defesa militar da vila. Dotado com diversos bens doados pelos fundadores, a erecção da nova casa seria também confirmada pelo prelado, o cardeal-infante D. Henrique. As clarissas manter-se-iam no convento até 1874, ano da morte da última religiosa.

Mosteiro de Nossa Senhora da Saudação de Montemor-o-Novo

  • PT/MNSSMON
  • Pessoa coletiva
  • 1502-1876

Mosteiro observante fundado cerca de 1502, por iniciativa de D. Mécia de Moura, viúva de D. Nuno de Castro, que nesse mesmo ano obtinha do rei Manuel I a licença para a sua instituição. Nele se albergaria, segundo a vontade da fundadora, um grupo de mulheres devotas que se haviam recolhido na vila, desde 1500, liderado por Joana Dias Quadrada, e a quem, em 1506, doa todos os seus bens. Em 1513, a comunidade opta pelo ingresso na Ordem dos Pregadores, sendo reformada nos costumes da observância dominicana por três religiosas vindas do mosteiro de Santa Ana de Leiria. Atraindo a nobreza e burguesia abastada da região e dispondo de rendas que lhe permitiram adquirir bens de raiz, o cenóbio viu engrossar rapidamente o seu património fundiário e desenvolverem-se as obras em torno da igreja e das dependências conventuais, que se prolongariam durante todo o século XVI. O mosteiro foi extinto em 1876, com a morte da última religiosa.

Mosteiro de Nossa Senhora da Rosa da Caparica

  • PT/MNSRC
  • Pessoa coletiva
  • Século XIV-1813

Mosteiro com origem em eremitério fundado possivelmente ainda no século XIV ou nos primeiros anos da centúria seguinte, no lugar dito da Barriga, no termo de Almada, também conhecido por Cela Nova.O lugar foi reformado, no início do séc. XV, por Mendo Seabra († 1442),com a ajuda dos reis João I e Duarte e do Infante D. João, mestre da Ordem de Santiago, e sujeito à Serra de Ossa. A este mosteiro seriam anexados, em 1645, os bens da casa que a Ordem detinha em Junqueira (termo de Sines), entretanto extinta. Este mosteiro seria suprimido pordecisão da Ordem cerca de 1813, sendo as respectivas rendas anexadas ao Convento do Santíssimo Sacramento de Lisboa.

Mosteiro de Nossa Senhora da Graça do Torrão

  • PT/MNSGT
  • Pessoa coletiva
  • 1560-1882

Mosteiro que tem origem num recolhimento de beatas fundado por Brites Pinto, em 1560, com a invocação de Santa Marta. Em 1599, a Infanta D. Maria, filha de D. Manuel, transforma-o num mosteiro de freiras (Terceiras Regulares), consagrando-o a Nossa Senhora da Graça. A 5 de Fevereiro desse ano, nele entram as fundadoras. Extinto em 1882.

Mosteiro de Nossa Senhora da Esperança de Vila Viçosa

  • PT/MNSEVV
  • Pessoa coletiva
  • 1555-1866

Mosteiro fundado em 1555, a partir da junção de dois recolhimentos de terceiras. O primeiro, dedicado a Santo António, tem início em 1516, junto a uma capela com esta invocação, sendo sua fundadora Leonor Pires, que reunira outras mulheres, entre elas Joana da Cruz, Sebastiana Dias e Margarida da Conceição. Por morte de Leonor Pires, o provincial dos claustrais, Frei Domingos Mestre, em 1522, procede à eleição da nova superiora. O outro recolhimento, com a invocação da Esperança, situado junto às muralhas da vila, é iniciado por Isabel Cheirinha, que deixa, por sua morte, as casas onde residia a duas mulheres terceiraschamadas Isabel Medeira e Isabel Rodrigues. Após alguns anos, conseguem a profissão da regra de Santa Clara na obediência dos Claustrais. A união é efectuada por licença apostólica de Júlio III, com a condição de irem para um local diferente, passando assim para o mosteiro que Isabel Fuzeira, mulher nobre de Vila Viçosa, havia principiado para freiras da Ordem da Conceição.Ficando com o título de Nossa Senhora da Esperança, tinha por padroeiros os duques de Bragança. A duquesa D. Isabel deLencastre, mulher do duque D. Teodósio I, doa muitos bens ao convento, de forma a terminar a obra, e aí é sepultada, no coro baixo, onde também estão as cinzas da duquesa D. Leonor de Mendonça, filha de D. João de Gusmão, duque de Medina Sidónia. Encerrado a 1 de Outubro de 1866, por abandono voluntário da derradeira religiosa, a extinção foi acordada a 17 de Novembro domesmo ano e o templo conventual cedido à Ordem Terceira de S. Francisco.

Mosteiro de Nossa Senhora da Esperança de Beja

  • PT/MNSEB
  • Pessoa coletiva
  • 1541-1897

Mosteiro fundado em 1541, sob a invocação de Nossa Senhora da Esperança, em terras doadas por D. Leonor Colaça. Com origem num anterior beatério já existente pelo menos desde 1512, a primeira comunidade foi formada por monjas vindas de Castela. Mosteiro extinto em 1892, por morte da última religiosa e demolido cerca de 1897.

Mosteiro de Nossa Senhora da Conceição de Vale de Xabregas

  • PT/MNSCVX
  • Pessoa coletiva
  • 1663-1890

Mosteiro fundado a instâncias da rainha D. Luísa de Gusmão que obteve, em 1663, a ratificação da fundação por parte do Geral da Ordem. Adaptado a partir de um anterior palácio doado para o efeito pela rainha, o cenóbio receberia o primeiro grupo de religiosas no ano seguinte, oriundas do mosteiro agostinho de Santa Mónica de Lisboa. Extinto cerca de 1890, foi posteriormente demolido.

Mosteiro de Nossa Senhora da Conceição de Marvila (Lisboa)

  • PT/MNSCM
  • Pessoa coletiva
  • 1660-1872

Mosteiro fundado na antiga Quinta de Marvila, pertencente à Mitra Pontifical, por intervenção do arcediago Fernão Cabral que, em 16de Junho de 1655, comprou a propriedade e a entregou à madre Brígidade Santo António, abadessa do Mocambo, para aí se instalar com uma nova comunidade. Tal aconteceria a 18 de Março de 1660, sendo a comunidade apoiada por vários clérigos, entre os quais se incluía o referido arcediago, juntamente com outros clérigos: os padres Pantaleão Rodrigues Pacheco, António Faria da Silva e o agostinho Pe. Fr. Antónioda Conceição. O mosteiro só ficaria definitivamente concluído em 1680, prolongando-se ainda as obras da igreja até pouco depois de 1691. Foi extinto por decreto de 11 de Abril de 1872, sendo estabelecida uma pensãopara as duas religiosas ainda sobreviventes, que então residiam no Convento de Santa Clara, em Santarém.

Mosteiro de Nossa Senhora da Conceição de Beja

  • PT/MNSCB
  • Pessoa coletiva
  • 1459-1892

Mosteiro fundado por iniciativa do infante D. Fernando, irmão de D. Afonso V, e de sua mulher D. Beatriz, primeiros duques de Beja e pais de D. Manuel, junto ao Palácio dos Infantes, no centro da cidade, a partir de um recolhimento de terceiras seculares (mantelatas) ou, segundo Frei Manuel de São Caetano Damásio, de um grupo de emparedadas (1459). A licença para a sua instituição é dada por dois breves de Pio II, de 1459. Em 1463, já as terceiras tinham feito profissão na Ordem de Santa Clara e, em 1469, encontrava-se praticamente concluído o mostei- ro, que recebia a invocação de Nossa Senhora da Conceição de Maria Santíssima e a regra urbanista, como está patente na bula de 21 de Dezembro desse ano, dada pelo papa Paulo II. A infanta D. Beatriz iniciaria, simultaneamente, o processo para tentar vincular a comunidade à direcção dos franciscanos observantes. Mas, em 1473, os observantes franciscanos recusam esta proposta. Só em 1482 aceitam este encargo, recebendo da duquesa de Beja o compromisso de edificar um oratório para os frades, que incluiria a igreja e outras dependências. Apenas em 1489, como resultado de uma intervenção pontifícia, começam os observantes a habitar o oratório de Santo António de Beja, dando orientação e assistência espiritual às clarissas. É a primeira comunidade a passar à observância, mas não chega a adoptar a Primeira Regra de Santa Clara, como tinha sido propósito dos fundadores. Em 1461 e 1483-4 recebem, respectivamente, o oratório de Santa Vitória e a igreja de Belas, na diocese de Lisboa. O apoio da duquesa de Beja leva a que em 1505, apesar da direcção observante, o convento se tenha tornado em panteão da família ducal. Em 1533, passam à obediência da Província dos Algarves. Extinto em 1892, por morte da última religiosa.

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