O jornal semanário Expresso surgiu nas bancas a 6 de janeiro de 1973, por iniciativa de Francisco Pinto Balsemão, que se tornou o seu primeiro diretor e liderou o jornal de 1973 a 1979, sendo sucedido por Marcelo Rebelo de Sousa. Posteriormente, a direção foi assumida por Augusto de Carvalho e José António Saraiva, este último responsável pelo grande crescimento e estabilização do semanário a partir de 1983.
Inicialmente, o Expresso consistia num caderno principal e numa revista, mas posteriormente expandiu-se para incluir cadernos de Economia, Desporto, Emprego e Imobiliário, todos em formato broadsheet. Além disso, foram introduzidos suplementos em formato tabloide, como Cartaz, Viva e XXI.
O Expresso destacou-se por publicar análises detalhadas de assuntos nacionais e internacionais, separadas de artigos de opinião assinados por alguns dos principais intelectuais portugueses.
O Expresso trouxe várias inovações para a imprensa portuguesa, incluindo um Conselho de Redação eleito pelos jornalistas e um Conselho Editorial.
A empresa responsável pelo jornal, denominada Sojornal - Sociedade Jornalística e Editorial, SARL, teve a sua sede num edifício histórico em Lisboa.
Apesar de ter surgido durante o período do Estado Novo, o Expresso não se alinhava com o regime nem com a oposição. Pelo contrário, o jornal buscava ser completamente independente em relação aos poderes políticos, religiosos e económicos, defendendo um jornalismo rigoroso e objetivo. Esta posição trouxe alguns conflitos com a censura, mas com a Revolução de 25 de abril de 1974, o jornal ganhou mais liberdade editorial. Após a Revolução dos Cravos, enfrentou dificuldades, sendo alvo de boicotes em vários setores devido à sua independência editorial.
Apesar de um período difícil em 1989, quando muitos elementos da redação migraram para o jornal diário Público o Expresso renovou a sua equipe editorial e manteve-se líder de mercado na categoria de semanários.
Ao longo dos anos, o Expresso contou com a colaboração de figuras proeminentes como Vicente Jorge Silva, Miguel Esteves Cardoso, Maria João Avilez e Miguel Portas, solidificando assim a sua posição como um jornal de referência em Portugal.
Ao longo dos anos, o jornal evoluiu, adaptando-se às mudanças tecnológicas e às necessidades do público. Atualmente, é composto por três grandes cadernos: "Primeiro Caderno", "Economia" e "Revista E", que abrangem uma variedade de temas desde notícias políticas e internacionais até cultura e tendências. Além disso, o Expresso expandiu-se para o mundo digital, oferecendo uma versão online diária, blogues, uma loja online e outros serviços multimédia.
Por ocasião do seu 50º aniversário, em 6 de janeiro de 2023, o Expresso recebeu a distinção de Membro-Honorário da Ordem da Liberdade, reconhecendo assim a sua contribuição para a imprensa e a liberdade de expressão em Portugal