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Produtores e Colecionadores

Mosteiro de Santa Marta de Lisboa

  • PT/MSML
  • Pessoa coletiva
  • 1583-1887

Mosteiro fundado em 1583, na Ordem das Clarissas urbanistas, a partir de um colégio de órfãs criado pelo rei D. Sebastião. Tem a sua primeira pedra lançada em 1612, permanecendo na obediência ao arcebispo de Lisboa. Extinto em 1887, com a morte da última religiosa.

Mosteiro de Santa Maria de Chelas

  • PT/MSMC
  • Pessoa coletiva
  • [antes de 1495]-[antes de 1898]

Ligado ao culto dos mártires S. Félix, Sto. Adrião e Sta. Natália,cujas relíquias, segundo a tradição, desde há muito albergava, o sido entregue pelo rei Afonso Henriques aos Templários, cerca de 1154 e, no reinado de Sancho I, aí residia uma comunidade masculina,de observância desconhecida. Encontra-se ainda por averiguar a data e circunstâncias em que esta casa aderiu ao instituto dominicano e passou a albergar uma comunidade feminina sujeita aos Pregadores e à Regra de Santo Agostinho, facto atestado pelo menos desde 1224. Contudo, parece certo que, pelo menos desde meados do século XIV, o mosteiro se encontra já definitivamente sob a jurisdição do bispo de Lisboa e sujeito à mesma Regra de Santo Agostinho. Falta, contudo, apurar quando a comunidade passaria definitivamente ao estatuto canonical. Com importantes obras de renovação e ampliação no reinado de D. Manuel, seria duramente afectado pelo terramoto de 1755, obrigando a uma reconstrução quase total da igreja conventual. A extinção da comunidade religiosa deve ter ocorrido pouco antes de 1898, data em que o edifício, já muito adulterado pela sua adaptação a uma fábrica de pólvora, receberia o Arquivo Geral do Exército, que aí se mantém até à actualidade.

Mosteiro de Santa Maria de Belém (Lisboa)

  • PT/MSMB
  • Pessoa coletiva
  • 1496-1834

Fundado a 23 de Junho de 1496, pela bula Eximiae devotionis de Alexandre VI, que, a pedido do rei Manuel I, autorizava a transformação do eremitério de Santa Maria de Belém, pertencente à Ordem de Cristo, em mosteiro da Ordem de S. Jerónimo. Doado aos Jerónimos dois anos depois, as obras teriam início em 1502 e estender-se-iam ao longo de toda a centúria. Essencialmente suportadas pela Coroa e levadas a cabo por alguns dos mais conceituados arquitectos e mestres da época, entre os quais se encontravam Diogo Boitaca, João de Castilho, Diogo de Torralva e Jerónimo de Ruão, as obras deram origem a um dos mais importantes edifícios da arquitectura europeia do gótico final e à mais representativa realização portuguesa da arquitectura manuelina. Foi extinto em 1834.

Mosteiro de Santa Cruz e Luz de Vila Viçosa

  • PT/MSCLVV
  • Pessoa coletiva
  • 1525-1883

Mosteiro edificado em casas doadas para o efeito em 1525 pelo padre Mendo Rodrigues de Vasconcelos, capelão do duque D. Jaime de Bragança. As primeiras religiosas, oriundas do mosteiro de Santa Mónica de Évora, ficaram provisoriamente instaladas na clausura do convento das Chagas, até à sua definitiva instalação no novo mosteiro, ocorrida em 1530. Aí permaneceriam até 1883, ano em que o cenóbio seria suprimido, após a morte da última religiosa.

Mosteiro de Santa Clara de Lisboa

  • PT/MSCL
  • Pessoa coletiva
  • 1288-1888

Mosteiro fundado por iniciativa de D. Inês Fernandes, asturiana, viúva do mercador genovês D. Vivaldo de Pandulfo, e de Maria Martins,Maria Domingues e Clara Eanes. Tendo recebido, a 4 de Agosto de 1288, breve de autorização do papa Nicolau IV para a sua construção, quatro anos depois já o edifício albergava algumas religiosas, a quem D. Inês fez doação dos seus bens, ficando a viver junto ao convento. Começou a ser erigido no lugar do actual Largo da Trindade, perto do convento franciscano, mas a construção foi pouco depois transferida para o Campo de Santa Clara, junto a São Vicente de Fora. A 1 de Fevereiro de 1292, o convento é entregue pela fundadora às primeiras clarissas, na presença do provincial dos franciscanos e de outros membros da Ordem. As obras da igreja foram iniciadas a 7 de Setembro de 1294, sendo bispo de Lisboa D. João Martins de Soalhães. O mosteiro de freiras urbanistas, por influência espanhola, passa à observância em 1503, sendo sujeito à obediência do Vigário Provincial da Observância. Em 1551, o mosteiro tinha cem freiras e uma confraria. Bastante danificado pelo terramoto de 1755, tendo a igreja conventual ficado completamente arruinada, o mosteiro foi abandonado pela comunidade, que transitou para o seu congénere da Esperança, onde permaneceria até à extinção deste, ocorrida em 1888.

Mosteiro de Santa Clara de Guimarães

  • PT/MSCG
  • Pessoa coletiva
  • 1548-1891

Mosteiro fundado em 1548, com religiosas urbanistas, que dele tomam posse em 1562. Dotado pelo cónego Baltazar de Andrade, mestre-escola da Colegiada de Guimarães, para as suas filhas, com o apoio da Infanta D. Isabel, duquesa de Guimarães. Este obtém uma bula papal para a fundação com o reconhecimento de todas as condições por ele impostas, nomeadamente que as suas três filhas (Helena de Andrade, Joana de Andrade e Francisca de Andrade, todas freiras professas em Santa Clara de Amarante) ocupem o abadessado in perpetuum e só depois da última morrer se proceda à eleição canónica da nova superiora, bem como a manutenção do padroado do mosteiro na família, para os seus filhos (Francisco, Torcato e Isidoro). Dota ainda o mosteiro de estatutos, proibindo, entre outras coisas, que as freiras soubessem ler ou escrever, à excepção de duas. O convento tem também a invocação de Nossa Senho- ra da Assunção e esteve na obediência do Prior da Colegiada de Guimarães até 1608, ano em que passou à sujeição do arcebispo de Braga. Extinto em 1891.

Mosteiro de Santa Clara de Évora

  • PT/MSCEV
  • Pessoa coletiva
  • 1458-1903

Mosteiro fundado em 1458, pelo bispo de Évora, D. Vasco Perdigão, para oitenta freiras, embora a licença para a sua construçãotenha sido dada, anteriormente, em 1390. A 12 de Fevereiro de 1395, o rei D. João I chega mesmo a consignar-lhe os resíduos de Évoramonte (que acabam por ser aplicados ao mosteiro de Santa Clara de Portalegre). A Ordem toma posse dele em 1459 e a comunidade instala-se no Paço dos Falcões, comprados por D. Vasco para o efeito, em 1464, de acordo com a bula Lisquae, de Pio II, de 5 de Abril de 1463. É, então, beneficiado com avultadas doações deste bispo e do seu sucessor, D. Jorge da Costa, bem como da realeza. Serve de refúgio à princesa D. Joana, filha de Henrique IV de Castela e noiva de D. Afonso V. Recebe, em 1513, parte dos bens que pertenciam ao convento de São Francisco de Évora quando este se reformou na regular observância. Passa da claustra à observância em 1535. Nele se recolhem duas religiosas, soror Leonor da Silveira e soror Constança Barrosa, quando é demolido o edifício chamado do "Salvador Velho", em 1558, por ordem do Cardeal D. Henrique, para a erecção dos edifícios da Universidade. Extinto em 1903, com a morte da última religiosa.

Mosteiro de Santa Clara de Elvas

  • PT/MSCE
  • Pessoa coletiva
  • 1526-1909

Mosteiro fundado a 26 de Abril de 1526 pelo rei D. João III, que obtém licença para o efeito do cardeal D. Afonso, como governador do arcebispado de Évora. Tem como primeira abadessa Soror Violante Pereira, do cenóbio de Santa Clara de Portalegre. O mosteiro é edificado em casas doadas por Joana de Brito e Margarida Pereira, sua irmã, com a condição das abadessas não receberem freiras sem consentimento de ambas, disposição que ficou estabelecida em escritura aprovada por Frei Pedro do Campo, mestre provincial dos conventuais. Com a invocação de Santa Clara ou de Nossa Senhora da Conceição, passa da claustra à observância, provavelmente em 1570. Extinto em 1909.

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