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Produtores e Colecionadores

Mosteiro de Santa Maria de Belém (Lisboa)

  • PT/MSMB
  • Pessoa coletiva
  • 1496-1834

Fundado a 23 de Junho de 1496, pela bula Eximiae devotionis de Alexandre VI, que, a pedido do rei Manuel I, autorizava a transformação do eremitério de Santa Maria de Belém, pertencente à Ordem de Cristo, em mosteiro da Ordem de S. Jerónimo. Doado aos Jerónimos dois anos depois, as obras teriam início em 1502 e estender-se-iam ao longo de toda a centúria. Essencialmente suportadas pela Coroa e levadas a cabo por alguns dos mais conceituados arquitectos e mestres da época, entre os quais se encontravam Diogo Boitaca, João de Castilho, Diogo de Torralva e Jerónimo de Ruão, as obras deram origem a um dos mais importantes edifícios da arquitectura europeia do gótico final e à mais representativa realização portuguesa da arquitectura manuelina. Foi extinto em 1834.

Mosteiro de Santa Maria de Chelas

  • PT/MSMC
  • Pessoa coletiva
  • [antes de 1495]-[antes de 1898]

Ligado ao culto dos mártires S. Félix, Sto. Adrião e Sta. Natália,cujas relíquias, segundo a tradição, desde há muito albergava, o sido entregue pelo rei Afonso Henriques aos Templários, cerca de 1154 e, no reinado de Sancho I, aí residia uma comunidade masculina,de observância desconhecida. Encontra-se ainda por averiguar a data e circunstâncias em que esta casa aderiu ao instituto dominicano e passou a albergar uma comunidade feminina sujeita aos Pregadores e à Regra de Santo Agostinho, facto atestado pelo menos desde 1224. Contudo, parece certo que, pelo menos desde meados do século XIV, o mosteiro se encontra já definitivamente sob a jurisdição do bispo de Lisboa e sujeito à mesma Regra de Santo Agostinho. Falta, contudo, apurar quando a comunidade passaria definitivamente ao estatuto canonical. Com importantes obras de renovação e ampliação no reinado de D. Manuel, seria duramente afectado pelo terramoto de 1755, obrigando a uma reconstrução quase total da igreja conventual. A extinção da comunidade religiosa deve ter ocorrido pouco antes de 1898, data em que o edifício, já muito adulterado pela sua adaptação a uma fábrica de pólvora, receberia o Arquivo Geral do Exército, que aí se mantém até à actualidade.

Mosteiro de Santa Marta de Lisboa

  • PT/MSML
  • Pessoa coletiva
  • 1583-1887

Mosteiro fundado em 1583, na Ordem das Clarissas urbanistas, a partir de um colégio de órfãs criado pelo rei D. Sebastião. Tem a sua primeira pedra lançada em 1612, permanecendo na obediência ao arcebispo de Lisboa. Extinto em 1887, com a morte da última religiosa.

Mosteiro de Santa Mónica de Évora

  • PT/MSME
  • Pessoa coletiva
  • 1508-1881

Mosteiro com origem numa comunidade de “beatas” ou de mulheres «da pobre vida», instalada, desde o século XV, junto à igreja de S. Mamede que, cerca de 1508, se converte numa comunidade monástica sujeita à Regra de Santo Agostinho, sob o título de Santa Mónica, acompanhando a fundação, na mesma cidade, da comunidade masculina de Santa Maria da Graça, amplamente apoiada pelos monarcas e pelo prelado eborense. Contudo, a nova comunidade, devido a incidentes ocorridos em 1541 durante o provincialato de Fr. André Torneiro, acabaria por ser colocada sob a jurisdição do prelado eborense e definitivamente sujeita à clausura em 1564. Também conhecido por mosteiro do Menino Jesus, devido à devoção a uma imagem outrora existente na capela conventual, seria extinto em 1881, com o falecimento da última prioresa, D. Ana Rita do Carmo. O abandono e o estado de ruína subsequentes conduziriam à sua definitiva demolição já nos princípios do século XX.

Mosteiro de Santa Mónica de Goa

  • PT/MSTMG
  • Pessoa coletiva
  • 1606-1885

Fundado em 1606, por iniciativa do arcebispo D. Frei Aleixo de Meneses e colocado sob jurisdição episcopal. Com regra aprovada por Paulo V em 1613, foi constituído mosteiro real em 1633, estando já concluída a sua construção, no essencial, em 1627. Primeiro mosteiro feminino em toda a Ásia, começou por ser uma resposta às dificuldades vividas por muitas viúvas ou filhas de portugueses nobres mortos nas guerras da expansão. Por isso, no seu período inicial, apenas admitia portuguesas e indo-portuguesas, situação que se alterou a partir da segunda metade de Setecentos, com a admissão de mulheres indianas, de pleno direito. Extinto em 1885, com a morte da última religiosa.

Mosteiro de São Bento de Cástris

  • PT/MSBCE
  • Pessoa coletiva
  • 1278-1890

Com origem num grupo de emparedadas que, ainda antes de 1275, se havia instalado junto às muralhas da cidade de Évora, liderado por Domingas Soeira. Este grupo veria, três anos depois, ser aceite pelo Capítulo Geral da Ordem a sua pretensão de adesão aos costumes cistercienses, sujeitando-se ainda à visitação regular do abade de Alcobaça, mosteiro no qual se filiava, e à sua supervisão sobre a eleição das respectivas abadessas. A comunidade manter-se-ia inicialmente modesta, com uma lenta estruturação da vida comunitária e a paulatina construção da igreja, dedicada em 1328, e das dependências conventuais, alvo de novas campanhas de obras e significativos investimentos artísticos já na época moderna. O mosteiro seria suprimido em 1890, com a morte da última religiosa.

Mosteiro de São José de Évora

  • PT/MSJE
  • Pessoa coletiva
  • 1679-1886

O convento de São José de Évora era da comunidade cenobita das Irmãs Religiosas de Santa Teresa D’ Ávila ou de Jesus da Ordem Carmelita Descalça (O.C.D.). Além da designação de São José de Évora também é conhecido por convento de São José da Esperança e por convento Novo. Fundado em 1679, a documentação ainda existente pertencente ao fundo deste convento permite, tal como a que foi produzida por outras instituições congéneres, desenvolver diversos estudos. Apenas a título de exemplo destaca-se que através dos livros de receitas e despesas do convento observamos a descrição de todos os gastos da comunidade religiosa, que vão desde os gastos domésticos ao pagamento de foros; nos livros de Tombo das Fazendas temos acesso a várias informações relevantes para a história económica como o tipo de contratos de aforamento, os nomes dos foreiros, sua naturalidade e estado civil, o valor dos foros e a época de liquidação dos mesmos; pelos livros de Tombo das Casas sabemos a localização das mesmas, os nomes dos foreiros, as quantias a pagar e a época de liquidação dos foros ou rendas. Já no período liberal, com as Instruções do Ministério da Justiça de 20 de Julho de 1857, os conventos femininos eram obrigados a elaborar inventários dos bens móveis e imóveis que possuíam bem como a proceder à avaliação dos mesmos, incluindo a do edifício onde a comunidade religiosa estava instalada. Assim, no final da pesquisa desenvolvida no fundo de São José foi encontrado o Inventário das várias peças de mobiliário, objectos de uso profano e religioso então existentes na casa, com a indicação do encaminhamento dado aos mesmos, bem como inventários detalhados das propriedades e casas e dos seus rendimentos, assim como a inventariação dos nomes de quem tinha empréstimos a juro. Em conformidade com a Carta de Lei de 4 de Abril de 1861, tudo o que pertencia aos conventos, no dia da sua extinção - no caso dos conventos femininos pela morte da última religiosa - passava automaticamente para posse da Fazenda Nacional. Desta forma, a vida religiosa do Convento de São José terminou em 1886 com a morte da última religiosa professa, a 19 de Outubro desse ano. Pela importância deste fundo para a história do Convento de São José, para a história da cidade de Évora e para a história religiosa do país e da Ordem Carmelita Descalça, fica aqui ainda o apelo a um desenvolvimento futuro de um projecto de organização, inventariação, conservação e salvaguarda deste património cultural móvel que é de Todos nós.

Mosteiro de São Marcos de Coimbra

  • PT/MSMCB
  • Pessoa coletiva
  • 1451-1834

Fundado em 1451, no lugar da ermida de S. Marcos (Coimbra),teve na sua origem uma capela instituída por testamento de João Gomes da Silva, em 1441, que D. Beatriz de Meneses, viúva de Aires Gomes da Silva, filho do instituidor, confiaria aos Jerónimos, juntamente com o lugar de S. Marcos, em 1451. Com base nos bens doados, as obras do futuro mosteiro iniciar-se-iam logo em 1453, sob direcção de mestre Gil de Sousa. Na sua edificação, participariam outros conceituados artistas, como Diogo de Castilho, Nicolau Chanterene e João de Ruão, com sucessivas campanhas de obras que se estenderiam até ao século XVIII. Extinto em 1834, o complexo conventual seria alvo de um violento incêndio em 1860, do qual pouco mais restou além da igreja e do dormitório.

Mosteiro de São Paulo da Serra de Ossa

  • PT/MAPSO
  • Pessoa coletiva
  • [século XV]-1834

Apesar das tradições recolhidas pela cronística da Ordem quefazem remontar as origens da vida eremítica na Serra de Ossa ao séc. XII, as primeiras notícias da presença de homens da pobre vida neste local remontam apenas a 1366, ano em que Gil Afonso, vassalo do infante D. Fernando e Maria Afonso, sua mulher, moradores em Estremoz, doam diversas casas e terras na Serra de Ossa a Mateus e seus companheiros pobres. Em 1374, o rei Fernando emite uma carta de protecção a João Fernandes e a todos os outros pobres residentes na Serra de Ossa, sendo este o responsável pela consolidação do eremitério, obtendo do concelhodo Redondo diversas terras em sesmaria, atraindo doações de particulares e diversas cartas de privilégio dos reis Fernando, João I e Duarte. O eremitério parece ter sofrido diversos melhoramentos e ampliações desde 1400, continuados durante o reinado de D. Duarte. Cerca de 1476,seriam alvo de uma tentativa de apropriação por parte dos Jerónimos, apoiada pelo bispo de Évora D. Garcia de Meneses, mas os eremitas conseguem fazer valer os seus direitos junto do monarca e da Santa Sé, recuperando o lugar em 1483. Sede da província instituída em 1482, manter-se-ia como tal após a aprovação definitiva da Ordem em 1578,abandonando apenas esse estatuto após a fundação do Convento de Lisboa. A igreja e as dependências conventuais sofreriam sucessivas campanhas de remodelação e ampliação em 1578 e ao longo da primeira metade do séc. XVII, patrocinadas pelos duques de Bragança, e, já na centúria seguinte, a igreja seria profundamente remodelada, levando à realização de uma novasagração, em 1798, com a presença o bispo de Beja, Frei Manuel do Cenáculo. Tal como as restantes casas da Ordem,seria extinta em 1834.

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