Colagista, desenhadora e poeta, co-fundadora, com seu marido Édouard Jaguer, da Revista e do movimento Phases (1952). Adotou o nome Anne Éthuin a partir da exposição na Galeria Les mains libres, Paris, 1973, em homenagem à sua avó materna.

Pintor, desenhador e poeta belga, autodidata, fez os seus primeiros quadros de inspiração surrealista aos 15 anos, mantendo ligações com o movimento surrealista desde os anos 1950, entre outros com Édouard Jaguer e o movimento Phases. Com ele colaborou na organização de diversas atividades e exposições na Europa, América Latina e América do Norte.

Escultora, poeta e tradutora, natural de Matosinhos. Cedo manifesta interesse pela escultura, iniciando estudos no Porto que prossegue em Lisboa, em 1949, onde estabelece amizade com Mário Cesariny e Cruzeiro Seixas, assistindo ao aparecimento do grupo surrealista, movimento ao qual fica ligada. Fixa-se em Paris em 1950, faz estudos superiores na École Nationale Supérieure des Beaux-Arts e na Sorbonne. De regresso a Portugal entre 1971-1977, abre a Sociedade Correia e Meyrelles, Lda. com Natália Correia e juntas dirigem O Botequim, no Bairro da Graça, em Lisboa. Expõe individualmente e participa em mostras coletivas em Portugal e no estrangeiro, cria esculturas e objetos surrealistas, alguns dos quais a partir de desenhos de Cruzeiro Seixas. Fez trabalhos de tradução para a Secretaria de Estado da Cultura e para o Instituto Português de Cinema, entre 1976-1978, traduz Jorge Amado, José Régio, Mário Cesariny, Vitorino Nemésio, entre outros, tendo também obra poética publicada. Foi distinguida com o grau de Comendador da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada em Junho de 2009.