Carvalho, Manuel [Jesus Fortes de]
- PT/AUEVR/MANCAR1
- Pessoa singular
Carvalho, Manuel [Jesus Fortes de]
Natural do Luxemburgo, tem formação em Engenharia Geológica e em Ciências do Ambiente e Ordenamento do Território. Estabeleceu-se em Coimbra como livreiro antiquário em 1994, mudando-se para a Figueira da Foz em 2018. Editor da revista Debout Sur L’Oeuf / DSO edições desde 2008, poeta, criador de objetos e "collages", com ligação ao movimento surrealista.
Natural de Viana do Castelo, licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa e em Filosofia e Letras pela Universidade de Salamanca. Foi advogado e secretário geral da Estoril Sol (1971-2002), sendo responsável pela Galeria de Arte do Casino Estoril desde 1975. Publicou trabalhos sobre artes plásticas, arte e cultura populares, crítico e colunista na imprensa regional e local. Foi distinguido com o grau de Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, também em Espanha e no Brasil, cidadão de mérito de Cascais, Viana do Castelo e de Salvador da Bahia.
Natura de Santarém, foi cineasta, antropólogo, escritor, poeta e artista plástico. Viveu a infância em Moçâmedes (Namibe), Angola, tendo realizado estudos em Santarém e obtido formação como regente agrícola, atividade que ainda exerceu em Angola e Moçambique. Em Londres estudou cinema e no regresso a Angola trabalhou na Televisão Popular de Angola e no Instituto de Cinema de Angola, vindo a estudar Antropologia em Paris. Publicou o primeiro livro de poesia em Angola, em 1972, distinguido com o Prémio Motta Veiga. Publicou escritos etnográficos, políticos e literários. A obra cinematográfica foi também premiada e desenvolveu-se entre os anos 1975-1989. Em 2005 no Centro Cultural de Belém realizou-se uma exposição retrospetiva da sua obra, em 2011 uma homenagem em Luanda e Lisboa e em 2015 na Galeria Quadrum em Lisboa. Tinha-se naturalizado angolano em finais da década de 1970.
Casa de Nossa Senhora da Divina Providência (Lisboa)
Os dados disponíveis ligam a sua entrada em Portugal aos padres que a Ordem havia enviado para a Índia em 1640. Impedidos, por decreto real, de se manterem em terras do padroado português, dado serem estrangeiros, os teatinos italianos estantes em Goa regressam à Europa. Um deles, D. Adizzone Spínola, dirigindo-se à Corte portugue- sa, obterá do rei D. João IV, em 1648, licença para se instalarem em Lisboa e continuarem o seu trabalho em Goa. Por alvará de 12 de Dezembro de 1650, os teatinos instalam-se em Lisboa, em casa alugada, às Portas de Santa Catarina, onde permanecerão até Junho de 1653. Nessa data, transitam para a Casa de Nossa Senhora da Divina Providência, no Bairro Alto, benzida por D. Ardizzone Spínola em Setembro seguinte. Esta manter-se-ia como a única casa da Ordem até à sua extinção em Portugal, em 1834. Além do seu importante papel como ponte com o trabalho missionário desenvolvido pela Ordem em Goa, alguns nomes de vulto se ligam a esta casa religiosa, como D. Rafael Bluteau, D. Manuel Caetano de Sousa ou D. Manuel Contador de Argote.
Casa Professa de São Roque de Lisboa
Fundada em 1553, em casas situadas junto a uma ermida dedicada a S. Roque, que remontava a 1506. Em 1565, iniciou-se a construção de uma nova igreja, mais ampla e de uma só nave, obra de Afonso Álvares e Baltasar Álvares. Aberta ao culto em 1573, sofreu significativos melhoramentos e investimentos artísticos ao longo dos séculos XVII e XVIII. Nesta igreja tinha sede a Congregação de Nossa Senhora da Doutrina, aí fundada a 19 de Julho de 1612, para oficiais mecânicos, com o fim de dar assistência aos doentes e aos órfãos.
Casa Professa do Bom Jesus de Goa
Casa edificada entre 1585 e 1589, de acordo com o plano estabelecido pelo provincial Alessandro Valigniano, sendo a respectiva igreja iniciada em 1594, à custa dos legados do capitão de Ormuz e Cochim D. Jerónimo de Mascarenhas, e sagrada por D. Frei Aleixo de Meneses em Maio de 1605. O templo alberga, entre outras, a capela de S. Francisco Xavier, concluída em 1659, ano da transladação do corpo do santo, com a magnífica caixa de prata feita por artistas goeses, que encerra os restos mortais do Apóstolo do Oriente, e o monumento onde esta assenta, oferecido pelo grão-duque da Toscana Cosimo III Medice e executado pelo marmorista florentino Giovanni Battista Foggini, por volta de 1697. O edifício conventual, de três pisos, foi vítima de dois incêndios, um em 1663 e outro em 1781, mas as reconstruções parecem ter respeitado o essencial da traça primitiva. As últimas grandes obras de engrandecimento desta casa tiveram lugar em 1890, por ocasião das festas xavierianas.