- PT/AUEVR/DIALIS
- Pessoa coletiva
- 1921-04-07-1990-11-30
O Diário de Lisboa foi um jornal de grande relevância na imprensa portuguesa do século XX, tendo circulado de 7 de abril de 1921 a 30 de novembro de 1990.
Fundado durante a 1ª República pelo banqueiro António Vieira Pinto e inicialmente dirigido por Joaquim Mansoa até sua morte em 1956, estabeleceu-se como uma referência, sendo pioneiro como jornal vespertino e pelo seu grafismo moderno em formato tabloide.
Durante os anos finais da 1ª República, enfrentou censura e restrições, mas manteve uma resistência subliminar ao Estado Novo na qual desempenhou uma "oposição possível" e viveu intensamente os eventos do 25 de abril de 1974.
A redação do Diário de Lisboa estava localizada na Rua Luz Soriano e pertencia à Renascença Gráfica.
O jornal contou com a colaboração de renomados jornalistas e intelectuais portugueses, como Fernando Pessoa, José Saramago, e Mário Zambujal, entre outros. Reconhecido pelo seu humor satírico e caricaturas, o Diário de Lisboa foi uma fonte valiosa para a História Contemporânea de Portugal, retratando eventos como o golpe de estado de 25 de abril de 1974 e expressando o entusiasmo popular da população portuguesa.
Apesar de tentativas de adaptação, enfrentou graves problemas financeiros e encerrou em 30 de novembro de 1990, deixando um legado como parte do património nacional e um mito do jornalismo português.
A Fundação Mário Soares recebeu a coleção deste jornal da Família Ruella Ramos e optou por digitalizá-lo integralmente para disponibilizá-lo ao público em formato eletrónico para consulta pública.