Artista plástico, fixou-se em Angola nos anos 1950. Bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian (1963) em Paris. Expôs regularmente em Angola entre 1956-1972, estando representado nos museus municipais de Benguela, Lobito e Nova Lisboa e em coleções particulares.
Autor, produtor e realizador de programas da Radiotelevisão Portuguesa.
Faria, Maria Eduarda Monteiro Boal de
Escultor, criador de objetos e colagens, participou nas atividades do movimento surrealista entre 1960-1967 e com Edouard Jaguer colaborou no projeto "Phases".
Professor, escritor e coordenador do "Grupo D'Artis".
Fernandes, Vasco da Gama Lopes
Natural de São Vicente, Cabo Verde, foi advogado e político português. Cedo se envolveu em atividades cívicas e políticas, nomeadamente de oposição ao Estado Novo, foi várias vezes detido pela polícia política. Em meados dos anos 1940 foi um dos fundadores do movimento de unidade democrática (MUD) e do partido socialista em 1973, deputado e vice-presidente da Assembleia Constituinte. Foi o primeiro presidente da Assembleia da República (Julho 1976/Outubro 1978).
Ferro, Luís Eduardo de Oliveira dos Santos
Engenheiro químico de formação, a par da sua atividade profissional dedicou-se à cultura, em particular a música e literatura. Conhecedor da vida e obra de Eça de Queiroz, manteve contacto próximo com os seus herdeiros, acompanhando o projeto de criação da Fundação Eça de Queiroz. Foi membro do Grémio Literário vindo a integrar o Conselho Literário. A partir de 1985 exerceu em exclusividade funções culturais, foi chefe de gabinete da Secretária de Estado da Cultura, membro da Comissão Executiva para a Comemoração do Centenário da Morte de Eça de Queiroz, diretor do departamento cultural e conselheiro para os assuntos culturais da Fundação Luso-Americana.
Lara Filho, Ernesto Pires Barreto de
Natural de Benguela, concluiu o curso de regente agrícola em Coimbra e foi quadro dos Serviços de Agricultura e Florestas de Angola. Paralelamente com a atividade profissional dedicou-se ao jornalismo e publicou poesia. O seu ativismo político e cultural e a proximidade ao movimento independentista (MPLA), desde 1960, valeram-lhe a perseguição pela polícia política. Foi co-fundador da União dos Escritores Angolanos em 1975.