Natural do Porto, foi editor e declamador de poesia. Instalado em Lisboa no início da década de 1960, fez amizade com Mário Cesariny, Luiz Pacheco, Natália Correia e outros intelectuais. Fundou em 1965 a Edições Afrodite, pequena editora de vanguarda que se destacou tanto pela qualidade das publicações, nomeadamente na escolha dos colaboradores (tradutores, ilustradores e antologistas), como pela edição de obras ao tempo proibidas, envolvendo o editor em processos judiciais.
Proibidas pela censura, A Antologia de Poesia Portuguesa Erótica e Satírica, sob coordenação de Natália Correia e A Filosofia na Alcova, do Marquês de Sade, valeram-lhe a condenação por crime de abuso da liberdade de imprensa. Recuperou ainda, sendo em Abril de 1974 um pequeno editor de sucesso. Em 1981 processou o Estado pela intervenção no caso "Bloco-Expresso", acusando-o de ter levado a Edições Afrodite à falência, causa que foi decidida a seu favor 10 anos após a sua morte.