Fundo MSJE - Mosteiro de São José de Évora

Zona de identificação

Código de referência

PT/CIDEHUS/FUNDIS/MSJE

Título

Mosteiro de São José de Évora

Data(s)

  • 1541-01-20 - 1900-01-20 (Produção)

Nível de descrição

Fundo

Dimensão e suporte

Existem 19 unidades de instalação (livros e maços de documentos avulsos) na BPE.

Zona do contexto

Nome do produtor

(1679-1886)

História administrativa

O convento de São José de Évora era da comunidade cenobita das Irmãs Religiosas de Santa Teresa D’ Ávila ou de Jesus da Ordem Carmelita Descalça (O.C.D.). Além da designação de São José de Évora também é conhecido por convento de São José da Esperança e por convento Novo. Fundado em 1679, a documentação ainda existente pertencente ao fundo deste convento permite, tal como a que foi produzida por outras instituições congéneres, desenvolver diversos estudos. Apenas a título de exemplo destaca-se que através dos livros de receitas e despesas do convento observamos a descrição de todos os gastos da comunidade religiosa, que vão desde os gastos domésticos ao pagamento de foros; nos livros de Tombo das Fazendas temos acesso a várias informações relevantes para a história económica como o tipo de contratos de aforamento, os nomes dos foreiros, sua naturalidade e estado civil, o valor dos foros e a época de liquidação dos mesmos; pelos livros de Tombo das Casas sabemos a localização das mesmas, os nomes dos foreiros, as quantias a pagar e a época de liquidação dos foros ou rendas. Já no período liberal, com as Instruções do Ministério da Justiça de 20 de Julho de 1857, os conventos femininos eram obrigados a elaborar inventários dos bens móveis e imóveis que possuíam bem como a proceder à avaliação dos mesmos, incluindo a do edifício onde a comunidade religiosa estava instalada. Assim, no final da pesquisa desenvolvida no fundo de São José foi encontrado o Inventário das várias peças de mobiliário, objectos de uso profano e religioso então existentes na casa, com a indicação do encaminhamento dado aos mesmos, bem como inventários detalhados das propriedades e casas e dos seus rendimentos, assim como a inventariação dos nomes de quem tinha empréstimos a juro. Em conformidade com a Carta de Lei de 4 de Abril de 1861, tudo o que pertencia aos conventos, no dia da sua extinção - no caso dos conventos femininos pela morte da última religiosa - passava automaticamente para posse da Fazenda Nacional. Desta forma, a vida religiosa do Convento de São José terminou em 1886 com a morte da última religiosa professa, a 19 de Outubro desse ano. Pela importância deste fundo para a história do Convento de São José, para a história da cidade de Évora e para a história religiosa do país e da Ordem Carmelita Descalça, fica aqui ainda o apelo a um desenvolvimento futuro de um projecto de organização, inventariação, conservação e salvaguarda deste património cultural móvel que é de Todos nós.

Entidade detentora

História do arquivo

O fundo do convento de São José de Évora encontra-se depositado na Biblioteca Pública de Évora (BPE) onde deu entrada, assim como outros fundos de outras instituições religiosas, na sequência da extinção das ordens religiosas em Portugal no século XIX. Porém, no ANTT existe um documento relativo a dotes com o código de referência PT/TT/CSJE/001/1.

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Zona do conteúdo e estrutura

Âmbito e conteúdo

O fundo do Convento de São José, tal como todos os demais fundos conventuais existentes na BPE, não está organizado, nem inventariado. A BPE dispõe apenas de uma lista com os nomes dos conventos e a indicação do número total de unidades de instalação (livros, cadernos, maços) de cada um dos conventos. Existem, no entanto, fichas manuscritas de catalogação de algumas unidades de instalação de alguns conventos. Porém, fornecem informação vaga e não revelam uniformidade de critérios de descrição. Salienta-se ainda a ocorrência de unidades de instalação pertencentes aos fundos de vários conventos que estão dispersas pelo conjunto documental geral da BPE e pelos núcleos da Manizola ou de Cunha Rivara . No que respeita ao convento em apreço, deve destacar-se que o testamento das fundadoras do convento de São José surge integrado no conjunto documental originalmente pertencente a José Heliodoro da Cunha Rivara. O levantamento prévio a esta descrição foi feito seguindo a numeração dos livros ou maços, aleatoriamente atribuída pela BPE, verificando-se que apenas estavam catalogados, em fichas manuscritas, os primeiros três livros deste fundo. Do livro 4 ao maço 19 as unidades de instalação estão apenas listadas. De notar que em alguns casos a documentação está misturada, constatando-se a existência de documentos de uma instituição em maços identificados como pertencentes a outra. É o caso da unidade de instalação 27 do fundo do Convento do Salvador de Évora que contêm diversos tipos de documentos e onde se encontram vários referentes ao Convento de São José. É, todavia, importante frisar que o trabalho desenvolvido sobre o fundo do Convento de São José que está na base desta descrição não incluiu a organização da documentação que, no caso dos maços de documentos avulsos, se encontra misturada, quer em termos tipológicos quer em termos cronológicos; que a documentação existente nos maços não se encontra numerada e, como tal, não pode dessa forma ser identificada nas cotas que se encontram na base de dados, excepto no caso do maço 2 e do maço 27 do Convento do Salvador; e que o levantamento documental então feito não previa a sua introdução em qualquer base de dados, oportunidade que surgiu posteriormente, no âmbito de possíveis contribuições para a FUNDIS. Assim, uma vez que então apenas se pretendia conhecer as potencialidades informativas da documentação existente na BPE sobre o Convento de S. José (imóvel e comunidade cenobita) e posteriormente utilizá-la também como fonte para o desenvolvimento de uma dissertação de mestrado em Gestão e Valorização do Património Histórico e Cultural, na Universidade de Évora 1 , a descrição das peças é por vezes muito genérica ou incompleta, tendo-se mantido dessa forma na descrição feita nesta base de dados e não sendo possível a sua total adaptação aos campos de descrição aqui existentes.

Avaliação, selecção e eliminação

Ingressos adicionais

Sistema de arranjo

Zona de condições de acesso e utilização

Condições de acesso

Condiçoes de reprodução

Idioma do material

Script do material

Notas ao idioma e script

Características físicas e requisitos técnicos

Instrumentos de descrição

Instrumento de pesquisa gerado

Zona de documentação associada

Existência e localização de originais

Existência e localização de cópias

Unidades de descrição relacionadas

Descrições relacionadas

Zona das notas

Nota

O levantamento documental aqui apresentado é o resultado da pesquisa realizada por Maria Lucília Teixeira, em 2007, no âmbito do estágio da Pós-Graduação em Gestão e Valorização do Património Histórico e Cultural da Universidade de Évora.

Identificador(es) alternativo(s)

Pontos de acesso

Pontos de acesso - Assuntos

Pontos de acesso - Locais

Pontos de acesso - Nomes

Pontos de acesso de género

Zona do controlo da descrição

Identificador da descrição

Identificador da instituição

Regras ou convenções utilizadas

Estatuto

Nível de detalhe

Datas de criação, revisão, eliminação

Línguas e escritas

Script(s)

Fontes

Zona da incorporação

Assuntos relacionados

Pessoas e organizações relacionadas

Géneros relacionados

Locais relacionados