João Domingues, vaqueiro, morador e vizinho de Évora, em nome de Rodrigo e de João, seus filhos, menores, de uma parte; e da outra, João Andreu, hortelão, maior, por si e por sua mulher, Margarida Afonso. Na expectativa de demanda, por causa de duas courelas de ferragiais, situados no termo da cidade, chegam a acordo. Os ferragiais localizam-se no caminho de Evoramonte. Um das courelas parte com Pedro Cabreiro, com Afonso Rodrigues, alfaiate, com ferragial da igreja de São Pedro. A outra parte com o dito Afonso Rodrigues, com azinhaga que vai das hortas para o caminho de Evoramonte, com ferragial da igreja de São Pedro. João Domingues disse que as courelas foram de Miguel Eanes mata-mouros, avô dos seus filho, João e Rodrigo, e que João Andreu as comprou a Miguel Eanes Mata-mouros, por quinze libras de dinheiros portugueses. João Domingues, alegando que os bens são de sua avoenga solicita que a compra seja anulada, propondo-se devolver o valor que por eles pagou João Andreu. Testemunhas: Ourigue Eanes, almoxarife; Vicente Martins, escudeiro do rei; Gonçalo Eanes, tabelião; Afonso Eanes saltete; Andreu Martins, sapateiro. Redactor: João Anes, tabelião em Évora Localidade de redacção: Évora Localização específica da redacção: Sé