Carta de venda de umas casas, localizadas na cidade de Évora, na Rua de Alconchel, onde será instalado o convento de Santa Clara. Estas casas foram de João Falcão, fidalgo da casa do rei, e de Dona Branca de Sousa sua mulher. Em virtude da morte de João Falcão foram herdeiros das referidas casas: Dona Branca de Sousa, mulher de João Falcão; Fernão Falcão, fidalgo da casas do rei e alcaide de Mourão, filho de João Falcão, e sua mulher Dona Violante; Dona Maria; João de Sousa, cavaleiro da casas do rei; Leonor de Sousa, casada com Álvaro de Moura, fidalgo da casa do rei; Gonçalo Falcão, fidalgo da casa do rei. Fernão Falcão e sua mulher receberam a parte que Dona Branca de Sousa, Dona Maria e João de Sousa tinham nas referidas casas. Leonor de Sousa e Álvaro de Moura e Gonçalo Falcão concedem procuração a José Lázaro, judeu, mercador, morador em Moura, e a José Zaboca, judeu, mercador, para que em seus nomes possam vender a parte das referidas casas que lhe coube na herança. Fernando Falcão e Dona Violante e os procuradores acima referidos venderam as casas ao bispo D. Vasco. O Bispo afirma ter autorização régia para comprar a casa, por cento e cinco mil reais brancos, para aí se instalar o convento de Santa Clara. Redactor: João Dias, tabelião do rei em Évora Localidade de redacção: Évora Localização específica da redacção: Casa de Fernão Falcão, alcaide de Mourão.